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Projeto mobiliza estudantes para enfrentamento da violência no meio digital

O projeto aborda temas como fake news, autoimagem, comparação social, privacidade e segurança na internet, especialmente o cyberbullying.

Por Redação | Jornal Conquista
Publicado em 01/02/2024 - às 22:04
Foto: Reprodução Ascom/SEC

Os estudantes do 2º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual de Campo Filinto Justiniano Bastos, em Seabra, iniciaram em 2023 um processo de letramento digital e desenvolvimento de habilidades cruciais para a cidadania, visando uma atuação mais responsável no combate à violência virtual. Através da disciplina eletiva Cidadania e Segurança Digital, exploraram temas como fake news, autoimagem, comparação social, privacidade e segurança na internet, especialmente o cyberbullying.

O bullying, historicamente prejudicial, adaptou-se ao ambiente digital, sendo agora conhecido como cyberbullying devido ao aumento da interação da sociedade com o meio digital. Essa evolução apresenta uma nova manifestação de um problema persistente, afetando especialmente os jovens. O cyberbullying inclui intimidação, humilhação, exposição vexatória, perseguição, calúnia e difamação através de plataformas virtuais, como redes sociais, e-mails e aplicativos de mensagens. Apesar da suposta anonimidade, a web deixa pistas e rastros, possibilitando a identificação dos infratores.

O professor da disciplina Cidadania e Segurança Digital, Reginaldo Araújo, busca capacitar jovens estudantes, predominantemente do campo e quilombolas, para enfrentar os desafios do mundo digital com conhecimento funcional e crítico sobre o uso da tecnologia. Seu trabalho gerou impactos positivos, permitindo que os estudantes reflitam sobre os riscos associados à prática de violência virtual.

“Na era da produção de informação e de conhecimento por meio das plataformas digitais, como se vê na internet, é importante preparar as pessoas para esse novo mundo, que implica em compreender e utilizar de forma crítica as informações. Não se trata simplesmente de aprender a utilizar a tecnologia e o meio digital, mas usar suas funções com respeito pelos demais. Os estudantes já demonstram amadurecimento significativo e atuação mais responsável no meio virtual”, revela o professor.

Alice Alves Mendes, estudante de 17 anos, destaca a importância de aprofundar-se no tema, acreditando que isso permitirá que mais alunos adquiram conhecimento sobre o assunto.“O cyberbullying não é nada legal e, de certa forma, é ainda pior que o bullying, porque a pessoa não consegue fugir dele em ambientes virtuais, acabando lendo ou vendo coisas desagradáveis. Essas ações precisam ter punições, pois todos nós merecemos respeito e proteção. Estudar temas como este é muito importante porque, dessa forma, mais pessoas saberão sobre o assunto e será possível ajudar quem está passando por isso, evitando assim efeitos prejudiciais à saúde mental e emocional da vítima”, afirma.

Gleison Lima Mendes, colega de 17 anos, destaca que o cyberbullying é uma forma de intimidação e abuso que pode acarretar sérias consequências para as vítimas. “A pessoa pode desenvolver problemas psicológicos, como ansiedade, depressão e baixa autoestima. Acho importante abordar este tema para conscientizar as pessoas sobre os impactos negativos desse comportamento e incentivar a empatia e o respeito nas interações on-line. É fundamental que todos nós façamos a nossa parte para combater essa prática e promover um ambiente virtual mais saudável e seguro para todos”, aconselha.

“Entendo que, no mundo contemporâneo, somos cidadãos digitais e, por isso, precisamos estar letrados digitalmente, dentro da perspectiva da educação midiática, como propõe a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e as normativas legais mais atuais, dentre elas a Lei n° 14.811/2024, sancionada no início deste ano pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva, que torna mais rígidas as penas para crimes contra crianças e adolescentes, incluindo o bullying e o cyberbullying nesse panorama. Alguns dos resultados deste trabalho com o cyberbullying e seus impactos positivos na empatia para com o outro estão disponíveis no Instagram de nossa escola (@cefilinto) e no perfil criado para a exposição dos produtos da eletiva (@eletivanaweb)”, completou.

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