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ANTT detalha nova concessão das BRs 116 e 324 e aponta benefícios para Vitória da Conquista

Novo modelo de concessão promete melhorias na infraestrutura e no atendimento, e cobrança de pedágio mais justa.

Por Redação | Jornal Conquista
Publicado em 09/05/2025 - às 17:38

Durante a audiência pública promovida pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) em Vitória da Conquista, na última quinta-feira (8), o superintendente substituto de Concessão da Infraestrutura, Stéphane Louis Georges, apresentou os principais pontos da nova concessão das BRs 116 e 324.

O projeto prevê uma série de ações voltadas à requalificação da malha viária que liga Salvador a Vitória da Conquista, incluindo melhorias estruturais e nos serviços prestados nas rodovias federais ao longo dessa rota.

De acordo com ele, a concessão será dividida em fases. Inicialmente, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) ficará responsável por intervenções de caráter emergencial, como tapa-buracos e recuperação do pavimento. Na sequência, fica a cargo da nova concessionária a execução de obras de duplicação, construção de viadutos e aumento da capacidade viária.

A proposta prevê a duplicação de 356 quilômetros de rodovia ao longo de todo o trecho. O cronograma dessas obras está previsto para acontecer entre o terceiro e o oitavo ano de concessão.

Além da duplicação, estão incluídas faixas adicionais em trechos de maior inclinação, principalmente em aclives, onde veículos pesados costumam reduzir a velocidade e comprometer o fluxo de veículos.

Outro ponto abordado durante a audiência foi a mudança do modelo de pedágio. Segundo o superintendente, o número de praças vai aumentar de 7 para 14, mas a cobrança será proporcional à distância percorrida. “Ao dobrar a quantidade de pontos de cobrança, a gente vai reduzir a tarifa cobrada a cada ponto de cobrança. Ou seja, vai ficar mais justo porque você vai pagar por 45 quilômetros, mesmo se você andar só 20. Antes você pagava por 90 quilômetros”, declarou, em entrevista ao jornalista Daniel Silva.

Os novos pontos de cobrança seguirão o modelo ‘free flow’, sem necessidade de parada, o que deve reduzir acidentes, filas e desgaste mecânico.

Em relação às tarifas-teto, o superintendente explicou que o novo modelo estabelece valores diferenciados:

  • R$ 0,16 por quilômetro em pistas simples
  • R$ 0,21 por quilômetro em trechos duplicados

Georges reconheceu o reajuste, mas afirmou que ele está atrelado à necessidade de mais serviços e a exigências mais rigorosas de qualidade.

Sobre Vitória da Conquista, quando questionado sobre a construção de passarelas no anel rodoviário do município, Stéphane Louis Georges afirmou que a presença ou não dessas estruturas dependerá do tipo de pista e de estudos sobre o comportamento dos núcleos urbanos.

“Então, a gente não bota, talvez, muitas passarelas em trechos de pista simples, porque a gente sabe que as pessoas não vão utilizar. Mas se for necessário, se a sociedade achar que a gente não colocou passarelas suficientes em locais realmente indispensáveis, a gente vai rever nosso projeto. A gente está aqui para receber contribuições da sociedade. O projeto não é um projeto fechado, ele ainda vai ser sujeito a alterações, graças a vocês”, afirmou.

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