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Livro ‘Ainda Estou Aqui’ será distribuído em escolas estaduais da Bahia

O projeto incentiva debates sobre democracia; a iniciativa veio após o impacto da conquista de Fernanda Torres no Globo de Ouro 2025.

Por Redação | Jornal Conquista
Publicado em 08/01/2025 - às 13:31
Foto: Reprodução.

No último domingo (05), a atriz Fernanda Torres conquistou o Globo de Ouro 2025 de Melhor Atriz em Filme Dramático, marcando uma premiação inédita para o Brasil com a adaptação cinematográfica do livro “Ainda Estou Aqui”, de Marcelo Rubens Paiva

Aproveitando o impacto da premiação, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, anunciou a inclusão da obra no acervo das bibliotecas das escolas públicas estaduais.

A iniciativa visa estimular debates sobre democracia, direitos humanos e memória histórica no ambiente escolar. Além da distribuição do livro, o governo planeja exibir o filme nas escolas da rede estadual, acompanhando as sessões com rodas de conversa e atividades pedagógicas conduzidas por especialistas.

Paralelamente, a Secretaria Estadual de Educação (SEC) continua promovendo o projeto “Nós por Nós”, criado em 2024 para incentivar a produção literária de estudantes do campo, indígenas e quilombolas. Entre os livros selecionados está “Salvar o Fogo”, do escritor baiano Itamar Vieira Jr., vencedor do Prêmio Jabuti de 2024 na categoria Romance Literário.

O governo baiano também reforça o compromisso com a memória histórica por meio de iniciativas promovidas pela Fundação Pedro Calmon (FPC) e a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), como o Projeto Memórias Reveladas, que registra histórias de resistência à ditadura militar (1964-1985), e a exposição “Para que NÃO se esqueça… Para que NUNCA mais aconteça”, que reflete sobre os 45 anos da Lei de Anistia e os 60 anos do Golpe Militar. Há também as caravanas de Direitos Humanos, que levam debates, atividades formativas e lançamentos de livros às escolas estaduais.

O secretário de Justiça e Direitos Humanos, Felipe Freitas, destacou a relevância dessas ações para a preservação da memória e a promoção da justiça social. “A circulação de narrativas sobre a resistência política ao autoritarismo e sobre a defesa das liberdades democráticas é um importante passo para que absurdo como os atentados de 8 de janeiro de 2023 não se repitam”, reforçou. 

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