Apenas um terço dos médicos registrados na Bahia atuam na rede pública estadual, afirma Sesab
De acordo com os dados, a Bahia ainda enfrenta desafios com a escassez de especialistas, especialmente anestesiologistas.
Dados recentes divulgados pela Sesab revelam que, na Bahia, dos 29.611 médicos registrados no Conselho Regional de Medicina, 33,5% atuam na rede pública estadual, conforme a Secretaria da Saúde do Estado.
A Secretária da Saúde, Roberta Santana, destaca esforços para equilibrar a distribuição de médicos, especialmente no interior, com a abertura de novas estruturas assistenciais e requalificações.
“Ainda temos o desafio de atrair médicos para o interior, que hoje representa cerca de 49% da nossa força de trabalho, mas apenas nos dois últimos anos abrimos novas estruturas assistenciais e realizamos requalificações em Itaberaba, Ilhéus, São Francisco do Conde, Barreiras, Vitória da Conquista, Irecê, Jacobina, Jequié, Paulo Afonso, Jaguaquara, Porto Seguro e Feira de Santana, apenas para citar alguns. Isso demandou novos serviços médicos”, afirma a Secretária.
A inauguração do Hospital Estadual Costa das Baleias, em Teixeira de Freitas, prevista para maio, representa um marco com 216 leitos, 30 de UTI, e um investimento de mais de R$ 200 milhões. Além disso, uma parceria com o Governo Federal, através do Programa Mais Médicos, permitiu a alocação de 1.464 profissionais em 346 municípios baianos. No entanto, a Bahia enfrenta desafios, como a escassez de especialistas, especialmente anestesiologistas.
O governo busca ampliar o número de vagas de residência médica, oferecendo 1.030 oportunidades em 2024, um aumento de 14,5% em relação ao ano anterior.
Atualmente, cerca de 2.000 residentes estão distribuídos em 56 especialidades, com 59% das bolsas financiadas pelo governo estadual, representando um investimento de R$ 57 milhões ao ano. Adicionalmente, houve um aumento significativo na remuneração dos profissionais, chegando a até R$ 2.850 para plantões de 12 horas nos principais hospitais públicos do estado.