Câmara de Vitória da Conquista discute implantação de Hospital Universitário da UFBA em audiência pública
A expectativa é que o hospital funcione integralmente pelo SUS, com atendimento 24 horas e especialidades em áreas críticas.
Nesta semana, a Câmara Municipal de Vitória da Conquista realizou uma audiência pública para debater a implantação do Hospital Universitário da Universidade Federal da Bahia (UFBA) no município. O evento, marcado por ampla mobilização social e política, reuniu representantes da universidade, parlamentares, lideranças políticas, movimentos estudantis e órgãos de saúde.
A iniciativa foi articulada pelos vereadores Ivan Cordeiro, Fernando Jacaré e Diogo Azevedo. O vereador Ivan Cordeiro (PL), presidente da Câmara, destacou o impacto do hospital para a região e mobilizou poderes públicos e população para garantir a concretização do projeto.
Representantes da UFBA ressaltaram que o hospital terá papel estratégico na formação acadêmica, qualificação profissional e fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). O diretor do campus Anísio Teixeira, Márcio Vasconcelos, explicou que o projeto está em elaboração desde 2023, com participação da Secretaria Estadual de Saúde, e atenderá demandas críticas da região.
O Hospital de Base, que atende Vitória da Conquista e municípios vizinhos, já opera sobrecarregado, chegando a atender pacientes do norte de Minas Gerais. A proposta do novo Hospital Universitário prevê 300 leitos, o que poderia aliviar o sistema atual.
O vice-reitor da UFBA, Penildon Silva Filho, destacou que, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, a macrorregião Sudoeste dispõe de apenas 1,82 leitos por mil habitantes, abaixo do mínimo recomendado de 2,5, e que mais de 26% das internações de alta complexidade são encaminhadas para Salvador.
Tiana Figueiredo, vice-diretora da UFBA, reforçou que o hospital vai além da universidade, beneficiando cursos como Medicina, Psicologia, Farmácia e Nutrição e possibilitando expansão para residência e pós-graduação, com retorno direto à comunidade.
A expectativa é que o hospital funcione integralmente pelo SUS, com atendimento 24 horas e especialidades em áreas críticas como neurologia, cardiologia, ortopedia e saúde mental.
