Líder do governo Jerônimo na ALBA critica instalação de CPI do MST
Deputado Rosemberg Pinto argumenta que investigações devem ser feitas pelo Congresso Nacional e não pelo legislativo baiano.
O deputado Rosemberg Pinto (PT), líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), defendeu a importância do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). O comentário vem em meio às articulações para a instauração de uma CPI que vai investigar as ações do grupo em localidades rurais do interior do estado.
“A apresentação da CPI já gerou um debate, na minha opinião, importante, de algumas concepções diferenciadas. Alguns querem fazer uma crítica ao Movimento Sem Terra, mas fecham os olhos para uma quantidade imensa de terras em disputas cartoriais no oeste da Bahia. Ou seja: são pesos e medidas diferentes”, comentou o deputado.
Fruto de iniciativa do Movimento Brasil Livre (MBL), através do ativista Sandro Filho, a CPI do MST teve seu requerimento protocolado na Casa pelo deputado Leandro de Jesus (PL). Até então, o documento já contava com a assinatura de 29 parlamentares, inclusive membros da base do governo Jerônimo. Rosemberg argumenta que as investigações devem ser feitas pelo Congresso Nacional, não pelo legislativo baiano.
“Eu acho que não há uma razão, porque o pedido que ele faz é com relação às ocupações. O estado atendeu a todos os pedidos do Poder Judiciário, em relação a reintegração de posse. E a invasão não é algo que é de responsabilidade ou do debate conceitual das assembleias legislativas estaduais, mas sim do Congresso Nacional. Então ela não tem um foco definido, não tem uma razão específica. Por isso é que a minha opinião é que ela não deva ser validada pela mesa diretora da Casa. Mas não sou eu quem vai dizer isso. É a procuradoria jurídica da Casa, apresentada pelo presidente”, comentou.