Homem é condenado a 17 anos de prisão por matar jovem com facada em Vitória da Conquista
O crime ocorreu na madrugada do dia 14 de junho de 2023, na Avenida Paramirim, bairro Brasil.
Na última quarta-feira (16), o Tribunal do Júri da Comarca de Vitória da Conquista condenou a 17 anos de reclusão o homem acusado de matar por matar Rebeca Rocha Oliveira Souza, de 25 anos, em um crime que teve grande repercussão no município em 2023. A pena será cumprida em regime inicialmente fechado.
O julgamento, presidido pela juíza Ivana Pinto Luz, teve início às 9h no Fórum João Mangabeira e se estendeu até o fim da tarde. O Ministério Público foi representado pelo promotor de Justiça Alex Bezerra Bacelar, enquanto o réu contou com a defesa do Defensor Público Henrique Alves da Silva, que informou à Justiça a intenção de recorrer da sentença.
Os jurados consideraram homem culpado pelo crime de homicídio qualificado, cometido com recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima, conforme previsto no artigo 121, parágrafo 2°, inciso IV, do Código Penal. Os jurados não reconheceram o crime como feminicídio.
Em sua sentença, a magistrada destacou que “a conduta do réu apresenta alta reprovabilidade, uma vez que optou por resolver sua frustração por meio da violência extrema, demonstrando total desrespeito pela vida humana”.
O crime ocorreu na madrugada do dia 14 de junho de 2023, na Avenida Paramirim, bairro Brasil. De acordo com as investigações, a vítima estava em um bar acompanhada do réu e de duas amigas. Ao deixarem o local, o grupo foi até a frente da casa do acusado para chamar um motorista por aplicativo, já que o estabelecimento não tinha sinal de internet.
Testemunhas relataram que, sem qualquer discussão prévia, o réu se dirigiu à vítima perguntando: “Você falou o quê?”. Ao responder que não havia dito nada, a jovem foi surpreendida com uma facada que atingiu seu pâncreas. O acusado fugiu do local sem prestar socorro.
A vítima foi socorrida e submetida a cirurgia no Hospital de Base, onde permaneceu internada em estado grave até falecer no dia 17 de julho, em decorrência das lesões. Durante o julgamento, testemunhas afirmaram que o réu demonstrava comportamento obsessivo em relação à vítima, tentando repetidamente se aproximar dela.
Mesmo após a condenação, as investigações continuam para apurar se há outros elementos que possam ser incluídos no processo.