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Após fugir de Vitória da Conquista, homem é preso na Argentina pelos crimes de 8 de janeiro

Sua esposa, Alessandra Faria Rondon, foi condenada a 17 anos pelos atos antidemocráticos e segue foragida.

Por Redação | Jornal Conquista
Publicado em 16/11/2024 - às 15:47

Joelton Gusmão de Oliveira, natural de Minas Gerais, que vivia em Vitória da Conquista, foi preso na cidade de La Plata, na Argentina, após um mandado de prisão emitido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) do Brasil. 

Ele é acusado de participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, e condenado a 16 anos de prisão por incitar invasões ao Congresso Nacional e outros crimes relacionados.  

Joelton vivia em Vitória da Conquista antes de fugir para a Argentina com sua esposa, Alessandra Faria Rondon, também condenada pelos atos antidemocráticos. 

Alessandra, que recebeu uma pena de 17 anos, segue foragida. Durante os ataques em Brasília, ela gravou vídeos no plenário do Senado chamando senadores de “traidores da Pátria” e defendendo intervenção militar.  

A captura de Joelton ocorreu enquanto ele tentava renovar o status provisório de refugiado. A prisão foi facilitada por uma recente mudança na legislação argentina, que impede a concessão de refúgio a condenados por crimes graves, como os cometidos durante os atos de 8 de janeiro.  

Mesmo com o alinhamento político entre o presidente argentino Javier Milei e o ex-presidente Jair Bolsonaro, o governo argentino reafirmou que não há “pacto de impunidade” e que as decisões da Justiça brasileira serão respeitadas.

Apesar de argumentar perseguição política, Joelton foi detido devido à colaboração entre as autoridades brasileiras e argentinas, que intensificaram os esforços para localizar e extraditar os foragidos.  

Outro brasileiro detido foi Rodrigo Freitas Moro Ramalho, de 34 anos, preso em Buenos Aires. Ele é acusado de violar medidas cautelares no Brasil, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, e foi condenado a 14 anos de prisão. A extradição de Joelton e Rodrigo deve seguir os trâmites legais entre os dois países, enquanto as autoridades brasileiras continuam monitorando os 61 condenados ainda procurados pela Justiça.

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