Professores da Uesb decidem não entrar em greve; confira o que foi definido
Os docentes entraram em acordo durante uma assembleia realizada nesta segunda-feira (23), no campus de Itapetinga.
Na segunda-feira (23), a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), realizou uma assembleia, no campus de Itapetinga, para decidir sobre a paralisação da instituição. Durante o encontro, ficou decidido que a Uesb não vai entrar em greve.
A Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) também optaram por aceitar a proposta do governo estadual e não participar da greve. A Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) ainda está votando a proposta, em assembleia que começou às 16h45 desta segunda-feira.
Ao contrário da Uesb e Uesc, a Universidade do Estado da Bahia (Uneb) aderiu ao movimento, mas a universidade possui um peso maior no Estado, uma vez que possui 27 campi, além da unidade administrativa em Salvador.
A insatisfação entre os docentes das quatro universidades estaduais da Bahia vem crescendo desde a assembleia realizada no último dia 16, onde os professores da Uneb, Uesc, Uesb e Uefs manifestaram descontentamento com as negociações com o governo baiano. Na ocasião, foi aprovado o estado de greve como forma de pressionar por respostas às reivindicações da categoria.
Os professores estão exigiam um reajuste salarial de 5,5% em janeiro de 2025, janeiro de 2026 e dezembro de 2026, somando um aumento total de 17,42% ao longo de dois anos. No entanto, o governo estadual ofereceu um reajuste de 5,7% nas mesmas datas, o que os docentes consideram insuficiente, representando apenas um ganho real de 1,15% ao ano.
Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), os docentes acumulam uma perda salarial de 35% desde 2015.
Em resposta às reivindicações, o governo só aceitou negociar após o indicativo de greve aprovado em junho. Na última quinta-feira (19), ocorreu uma nova rodada de negociações entre o Fórum das ADs e o governo. Esta foi a quinta rodada de discussões sobre o plano de recomposição salarial.
O governo inicialmente apresentou duas opções: um reajuste acumulado de 13,01% para os anos de 2025 e 2026, ou um aumento de 18,76% distribuído ao longo de três anos (2025, 2026 e 2027). Após pressão dos representantes docentes, o governo revisou a proposta, oferecendo um reajuste acumulado de 13,83% em dois anos, com 6,79% em 2025 e 6,59% em 2026, respeitando a data-base de janeiro.
O Fórum das ADs, que representa os docentes, se reuniu na sede do ANDES-SN, em Salvador, para avaliar a nova proposta. Segundo os cálculos do movimento, a proposta do governo representaria uma recomposição salarial real de apenas 4,94% nos anos de 2025 e 2026, levando em consideração as previsões inflacionárias do Boletim Focus.