Bahia já contabiliza 305 focos de incêndio em 2024
A região oeste do Estado enfrenta um número de incêndios acima da média, onde foram registrados 40 focos.
A Bahia já registrou 305 focos de incêndio em 2024, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). A região oeste é mais afetada, com 40 ocorrências de incêndio em Luís Eduardo Magalhães.
O número é 10% maior do que a média para o mês. O tempo seco antecipou o início dos incêndios, que nessa região da Bahia, costumam acontecer nos meses de agosto e setembro.
Em Luís Eduardo Magalhães os bombeiros trabalham para conter incêndios. Na região, os focos costumam aparecer com maior intensidade no período seco e neste ano, surgiram mais cedo.
A região enfrenta um número de incêndios acima da média, com o tempo seco e com o vento espalhando as chamas com mais rapidez, como mostrou a reportagem da TV Oeste, afiliada da Rede Bahia.
“Quando começa o fogo aqui, moço, é muito fogo, a gente se assusta com fogo”, disse Ivaldo Barbosa, soldador. “Começou esse fogo no meio aqui, depois foi para baixo. A casa que a pessoa acabou de fazer, chegou essa semana para morar, já está chegando lá o fogo”, disse Janete Andrade, empregada doméstica, descrevendo as áreas por onde o fogo se alastrou.
Na matéria, o repórter Gabriel Pires mostra como a fumaça tomou conta do céu de Luís Eduardo Magalhães, e chegou perto da unidade de saúde. Na cidade, os bombeiros e equipes da prefeitura trabalharam no combate às chamas.
“O aumento gradual da temperatura vai provocar o ressecamento da vegetação e vai provocar a queda de matéria orgânica ao solo. Somado a isso, nós temos também a diminuição da umidade relativa do ar”, explicou Apirante Denison Amaro, comandante da 2ª companhia de bombeiros da Bahia. “Então, essa união de fatores é um conjunto propício para o desenvolvimento de diversos e diversos incêndios aqui na região”, concluiu o comandante.
“É possível que alguém dê o início a esse incêndio queimando o lixo ou uma pequena vegetação no fundo da sua residência”, disse Wanderson Santana, diretor da Defesa Civil Municipal. “O incêndio se iniciou no fundo do loteamento e mudou para o outro lado. O vento também tem contribuído para a propagação desse incêndio”, finalizou o diretor.
A reportagem também mostrou que a fumaça que chega à cidade também preocupa a população. A dona Dilmar, por exemplo, decidiu usar máscara para se proteger. “Essa fumaça aí, quando eu pego essa fumaça, eu dou pra tossir, que tem um negócio de bronquite, que prejudica eu também”, disse Dilmar Pereira, aposentada.