Conquista: Hospital Esaú Matos é referência em tratamento de fissura labiopalatina
O hospital é destaque no interior da Bahia e no Norte de Minas Gerais, atendendo pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
Na última quarta-feira (22), o Hospital Municipal Esaú Matos, mantido pela Fundação Pública de Saúde de Vitória da Conquista, foi destacado por sua atuação no tratamento de fissura labiopalatina, uma má-formação congênita que afeta cerca de uma em cada 650 bebês no Brasil.
O hospital é referência no interior da Bahia e no Norte de Minas Gerais, atendendo pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
A equipe multidisciplinar do Esaú Matos, composta por cirurgiões bucomaxilofaciais, fonoaudiólogos, psicólogos e outros profissionais de saúde, acompanha os pacientes desde o diagnóstico, que pode ser feito por ultrassom durante o pré-natal, até a idade adulta.
A cirurgia de fissura labiopalatina corrige não apenas um defeito estético, mas também alterações anatômicas e funcionais. Segundo o cirurgião bucomaxilofacial Rafael Matos, operar um paciente com essa condição é reintegrá-lo à sociedade, pois muitos são marginalizados devido às dificuldades de fala e aparência.
O fonoaudiólogo Jorge Fernando Cunha ressaltou a complexidade e a individualização do tratamento. Cada paciente apresenta características únicas, exigindo uma abordagem personalizada. O foco inicial é na mobilidade e sensibilidade das áreas cirurgicamente tratadas, como os lábios e o palato. Exercícios específicos são realizados para recuperar a função muscular e sensitiva, essenciais para a articulação correta dos sons e, consequentemente, para a fala.
Além da comunicação verbal, o tratamento contínuo proporciona outras conquistas significativas, como redirecionar o fluxo de ar e realizar atividades cotidianas, como soprar uma vela ou encher uma bexiga. “São coisas que parecem simples, mas são marcos extremamente importantes para esses pacientes que representam grandes conquistas, porque, querendo ou não, tem a questão do bullying, eles acabam se afastando porque não conseguem fazer o que normalmente uma criança de convívio com eles consegue fazer”, enfatizou Jorge Fernando Cunha.