Educação: TV é instrumento importante para famílias de menor renda na Bahia
“No caso das famílias de menor renda, a televisão pode ser a única opção de entretenimento para manter as crianças em casa”, destaca especialista.
Em meio às mudanças no estilo de vida e preocupações com a segurança das crianças, muitas famílias recorrem à televisão como uma ferramenta acessível de lazer para os pequenos.
Antigamente, brincar na rua era sinônimo de infância saudável. Hoje, porém, a realidade é outra, com o aumento da criminalidade e de confrontos nas ruas, tornando o ambiente externo hostil para muitas crianças e adolescentes.
Nesse cenário, a televisão se torna uma aliada essencial para as mães de menor renda, oferecendo conteúdo educacional gratuito e seguro para as crianças. Além disso, proporciona um ambiente controlado em comparação com os riscos do mundo exterior.
Para a pedagoga, doutora em Educação e psicóloga especialista em Neurociência e Aprendizagem, Simone Lavorato, o uso da TV como uma “rede de apoio” é positivo, desde que haja um filtro na escolha dos programas.
“No caso das famílias de menor renda, a televisão pode ser a única opção de entretenimento para manter as crianças em casa. No entanto, é importante escolher programas adequados à idade e monitorar o que as crianças assistem“, explica.
Atualmente, na nova parabólica digital, desenhos e programas educativos estão disponíveis em mais de 80 canais. Personagens como Peppa Pig, Galinha Pintadinha e Detetives do Prédio Azul são alguns dos favoritos das crianças. Programas como “Inglês com Música”, na TV Cultura, e o clássico “Vila Sésamo” também são destaque, oferecendo aprendizado de forma lúdica e divertida.
A moradora de Feira de Santana, Jocileia Rodrigues de Souza, comemora a instalação da parabólica digital em sua casa, que trouxe uma programação diversificada para sua família.
“Assistimos ao jornal e a programas evangélicos. São vários canais disponíveis”, compartilha. Ela destaca ainda que os programas educativos têm contribuído para o aprendizado dos filhos, que estão matriculados na rede pública de ensino.
No entanto, é importante ter cautela em relação ao tempo de exposição às telas e à classificação indicativa dos programas. O excesso de telas pode afetar negativamente o desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças.
Por isso, é essencial controlar o tempo de uso e garantir que os programas assistidos sejam adequados à idade.
Famílias de menor renda inscritas em Programas Sociais do Governo Federal podem ter direito à instalação gratuita da nova parabólica digital. A Siga Antenado, entidade sem fins lucrativos criada pela Anatel, está realizando a substituição dos equipamentos e disponibilizando kits gratuitos para a população.
Para verificar se tem direito ao kit gratuito, basta acessar o site da entidade ou ligar para 0800 729 2404 com o CPF ou NIS em mãos.
A iniciativa da Siga Antenado visa apoiar a população durante a migração do sinal de TV das parabólicas tradicionais para as parabólicas digitais, garantindo acesso a uma programação diversificada e educativa para todas as famílias brasileiras.