Empresário é condenado a 18 anos de prisão em Vitória da Conquista

Na última quinta-feira (22), o Salão do Júri do Fórum João Mangabeira, em Vitória da Conquista, foi palco de um julgamento marcante que envolveu o assassinato da empresária Gilvanete de Souza Nogueira, ocorrido há três anos na Zona Rural de Barra do Choça. Everton Bruno dos Santos Miranda, de 41 anos, foi condenado a 18 anos de prisão em regime inicial fechado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.

O crime, ocorrido em janeiro de 2021, chocou a população local e repercutiu nacionalmente. Gilvanete, conhecida e querida na região, foi encontrada morta após uma disputa envolvendo uma dívida de R$ 15 mil que o réu tinha com ela. Os dois possuíam lojas na mesma galeria do Centro da cidade.

A família da vítima, presente no tribunal, clamou por justiça. Durante o julgamento, após ouvidas as testemunhas e os argumentos do Ministério Público e da defesa, o corpo de jurados decidiu pela condenação de Everton Bruno. A juíza Janine Soares de Matos Ferraz proferiu a sentença, determinando a pena de prisão.

Em entrevista ao jornalista Antonio Sena, a delegada Gabriela Garrido, que conduziu as investigações na época do crime, destacou a importância do desfecho do caso. Segundo ela, a condenação serve como um exemplo de que crimes como esse não ficam impunes. “Nós conseguimos elucidar o crime rápido e encontrar o corpo. No encontro do corpo, nós tivemos o auxílio da Polícia Militar que tem uma cadela, que foi como a gente encontrou o corpo. […] A gente conseguiu muitas provas periciais, de sangue no carro dele, eu solicitei exame para as unhas dela, porque ele estava arranhado, fizemos exame de lesão corporal nele para provar que aquelas lesões não eram compatíveis com aquela história que ele estava contando, mas sim com unhadas femininas, então, a gente buscou amarrar tudo da forma mais técnica possível”, contou ela.