Polícia Federal deflagra operação contra fraudes no INSS, na Bahia
Operação Ato Continuo conseguiu em 1 ano de investigação identificar cerca de 200 benefícios falsos.
Em ação conjunta da Polícia Federal e Núcleo de Inteligência Previdenciária e Ministério da Previdência Social, foi deflagrada nesta terça-feira (18) a Operação Ato Contínuo que visa desarticular organização criminosa que fraudava benefícios no interior da Bahia. Cerca de 60 agentes deram cumprimento a seis mandados de busca e apreensão, nos municípios de Muritiba, Governador Mangabeira e São Felipe, todos no estado da Bahia.
Em investigação, que se iniciou há um ano, verificou-se um grande número de benefícios que foram concedidos irregularmente para pessoas idosas, com base no uso de documentação falsa. A investigação ainda constatou que uma organização criminosa falsificava documentos de identificação para criar beneficiários fictícios e obter múltiplos benefícios fraudulentos.
Após a falsificação dos RGs, o grupo inscrevia os indivíduos no CPF assim que completaram 65 anos, idade mínima para solicitar o benefício assistencial para idosos de baixa renda. Em seguida, os requerimentos eram apresentados ao INSS. Além das práticas fraudulentas mencionadas, a organização criminosa utilizava laudos médicos e exames falsos para solicitar benefícios assistenciais destinados a pessoas com deficiência, sobretudo relacionados a alegadas perdas auditivas dos requerentes.
Na investigação, cerca de 200 benefícios previdenciários foram identificados como sendo falsos, totalizando um prejuízo superior a R$8 milhões aos cofres da Previdência Social. Graças à atuação da Polícia Federal em parceria com o Ministério da Previdência Social, esses benefícios irregulares foram cancelados, evitando um prejuízo adicional de mais de R$60 milhões aos cofres públicos.
Durante as buscas, foram realizadas três prisões em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. Os envolvidos responderão por diversos crimes, dentre eles formação de quadrilha, estelionato previdenciário, falsificação de documento público, uso de documento falso, dentre outros, com penas que, se somadas, podem chegar a mais de 15 anos de prisão.