Pesquisadores de Conquista desenvolvem sistema de mapeamento de mosquitos Aedes aegypti
A abordagem permite que as prefeituras ajam de forma mais específica e antecipada no combate ao mosquito.
Pesquisadores de Vitória da Conquista, Davi S. Luca e Joelma F. Luca, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb), vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), criaram uma base de dados utilizando o conceito de Big Data para mapear os mosquitos em todo o mundo. O que impulsionou o desenvolvimento do sistema foi o aumento nos casos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti na Bahia.
A tecnologia, desenvolvida pela startup Ondaedes, utiliza Sistemas de Informações Geográficas (SIG) para analisar e mapear os dados relacionados ao Aedes aegypti. Segundo Davi, com o cruzamento de diversas variáveis sensíveis ao mosquito, é possível prever seu comportamento e localização com base em cada quilômetro. “Para cada dia do ano, estas áreas são mostradas, assim as prefeituras podem agir em locais específicos. Mostramos áreas que, embora não tenham problemas com o Aedes agora, têm as mesmas características das áreas problemáticas. Tudo isto apresentado através de um painel visual. Deste modo, antes que surtos aconteçam, é possível agir antecipadamente”, explica.
A abordagem permite que as prefeituras ajam de forma mais específica e antecipada no combate ao mosquito. A ferramenta também fornece estimativas da população residente com base em idade e sexo, facilitando ações direcionadas. O projeto, financiado pelo Edital Centelha da Fapesb, está quase concluído e deve investir em sistemas para tratar e finalizar os dados em escala global.