Clínica clandestina é fechada em Vitória da Conquista e mulher é indiciada por causar sequelas em cliente
Suspeita se passava por profissional da saúde e realizava procedimentos invasivos em local sem licença sanitária.
Uma operação conjunta entre a Polícia Civil e a Vigilância Sanitária Municipal resultou na interdição de uma clínica clandestina que funcionava no centro de Vitória da Conquista, na Travessa Adriano Bernardes. A ação ocorreu nesta sexta-feira (7) e levou ao indiciamento de uma mulher de 44 anos, acusada de exercer ilegalmente a medicina e causar lesões graves em uma cliente.
A investigação teve início após a denúncia de uma mulher que ficou com sequelas permanentes depois de passar por um procedimento estético invasivo, realizado pela suspeita em fevereiro deste ano. O laudo pericial apontou deformidades e danos psicológicos, confirmando a gravidade da situação.
Durante as apurações, os agentes descobriram que a mulher fingia ser farmacêutica e esteticista, atendendo em endereços diferentes e mantendo suas redes sociais privadas para dificultar a identificação da atividade ilegal. Ela foi encontrada trabalhando dentro de uma clínica odontológica, onde havia alugado uma sala havia cerca de três meses.
No local, a Vigilância Sanitária identificou diversas irregularidades, como a falta de alvará, produtos vencidos e equipamentos sem esterilização adequada. Todo o material foi apreendido e as salas do consultório foram interditadas imediatamente.
O coordenador da Visa, Maico Mares, afirmou que o estabelecimento “não tinha condições de funcionamento e desrespeitava as leis sanitárias”. Ele aproveitou para alertar a população sobre os riscos de procurar profissionais sem habilitação: “É importante pesquisar, conferir o registro do profissional e verificar se a clínica possui licença válida”, orientou.
A investigada não tem formação superior, optou por permanecer em silêncio durante o interrogatório e vai responder por lesão corporal grave e exercício ilegal da medicina. A Polícia Civil continua apurando se outras pessoas também foram vítimas dos procedimentos feitos pela falsa profissional.