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Indústria baiana pode ser fortemente impactada por novas tarifas dos EUA a partir de agosto

Celulose, cacau, pneus e produtos petroquímicos estão entre os mais afetados pela medida, que ameaça reduzir a competitividade de setores estratégicos da economia do estado.

Por Redação | Jornal Conquista
Publicado em 11/07/2025 - às 15:39
Foto: NILDO VOO DE DRONE.

elevação das tarifas sobre produtos brasileiros anunciada pelos Estados Unidos deve atingir diretamente segmentos industriais da Bahia, com efeitos previstos já a partir de 1º de agosto. A Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) manifestou preocupação com a medida, destacando riscos para setores como celulose, cacau, pneus e petroquímica.

No primeiro semestre deste ano, as exportações baianas para os EUA somaram US$ 440 milhões, o que representa 8,3% do total exportado pelo estado e cerca de 1% do PIB baianoOs Estados Unidos são o terceiro maior destino das exportações da Bahia, atrás apenas da China e da Argentina.

A indústria estadual responde por 90,6% das vendas para o mercado americano, com destaque para:

  • Celulose tradicional: US$ 71,4 milhões (16,2% das exportações para os EUA)
  • Celulose solúvel: US$ 46,7 milhões, com 24% da produção destinada ao país
  • Manteiga e líquor de cacau: 10,7% das vendas baianas para os EUA e 24% das exportações do segmento
  • Pneus: US$ 40 milhões, equivalentes a 34% das vendas do setor
  • Petroquímica: produtos como benzeno, isopreno e paraxileno são exportados exclusivamente para o mercado americano

Com a manutenção das tarifas, a expectativa é que os setores afetados percam competitividade internacional, mesmo com possíveis ajustes nas margens de lucro. Isso pode gerar impactos econômicos relevantes para a cadeia produtiva regional, incluindo retração de vendas e dificuldades para manutenção de contratos.

Diante do cenário, a FIEB reforçou o apelo por negociação e diálogo com os Estados Unidos, alinhando-se à posição da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Para a entidade, a preservação da relação comercial entre os dois países é fundamental para evitar retrocessos econômicos e garantir a estabilidade das exportações baianas.

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