Vitória da Conquista registra aumento de furtos de cabos e casos de vandalismo em espaços públicos
Recentemente, 50 postes ficaram sem energia na Avenida Brumado, causando prejuízo superior a R$ 4 mil.

Vitória da Conquista tem enfrentado uma onda de furtos de cabos de cobre e atos de vandalismo, causando prejuízos financeiros e interrupção de serviços essenciais. Recentemente, a Coordenação de Iluminação Pública identificou o roubo de 500 metros de fiação no canteiro central da Avenida Brumado, deixando cerca de 50 postes sem energia. O prejuízo com a reposição dos cabos ultrapassou R$ 4 mil.
Segundo Ramon Soares, coordenador de Iluminação Pública, os furtos têm sido recorrentes desde outubro do ano passado, com registros em diversas áreas da cidade, incluindo a Avenida Presidente Vargas, o bairro Brasil e o Campo da Creche, no Patagônia. Além dos cabos, mais de 30 luminárias foram roubadas no bairro São Pedro, agravando os custos para a administração municipal.
Os roubos de cabos de cobre não afetam apenas os cofres públicos, mas também colocam vidas em risco. Dados da Abracopel mostram que, entre 2014 e 2024, as mortes relacionadas a esse tipo de crime aumentaram 260%, chegando a 54 óbitos somente em 2024. A prática ainda pode causar acidentes graves devido à reutilização inadequada dos fios.
De acordo com o Código Penal, o furto de cabos pode ser enquadrado como crime com pena de até 12 anos de prisão, especialmente quando há interrupção de serviços públicos. A receptação também é punível por lei.
Além dos furtos, a cidade tem registrado constantes casos de vandalismo. Banheiros públicos, como os do prédio da Prefeitura, foram danificados recentemente, com paredes pichadas e equipamentos arrancados. Ginásios esportivos, como o Raul Ferraz e o da Escola Frei Serafim, também foram alvo de pichações após revitalizações.
Praças como a Guadalajara sofrem com a destruição de quiosques, sanitários e estruturas de lazer. Em março, a Guarda Municipal chegou a prender um suspeito de depredar o Parque da Lagoa das Bateias. Esses atos são considerados crimes contra o patrimônio público, com penas previstas no Código Penal e no Código de Posturas do município.