Jovem de Vitória da Conquista é batizado na UTI enquanto espera por um transplante de coração em MG
Adolescente de 15 anos viveu momento simbólico dentro do hospital onde está internado desde março, aguardando um novo coração.
O jovem Ezequiel Dias dos Santos, de 15 anos, natural de Vitória da Conquista foi batizado dentro da UTI do Hospital de Clínicas de Itajubá, no Sul de Minas, onde está internado desde o último dia 21 de março. Ele sofre de insuficiência cardíaca grave e figura entre os casos prioritários da fila nacional de transplantes.
Segundo informações divulgadas pelo G1, o batismo aconteceu no dia 28 de março, após o adolescente manifestar o desejo durante a visita de um padre. A cerimônia foi organizada pela equipe da unidade com o apoio da capelania do hospital. Ezequiel escolheu como madrinha Cristiane Tavares, uma funcionária da limpeza que o acompanha na rotina hospitalar.

Apesar da simplicidade, o momento foi considerado marcante por toda a equipe envolvida. O jovem segue à espera de um doador compatível de coração, enquanto recebe os cuidados necessários para manter a estabilidade de seu quadro clínico.
Ezequiel Dias dos Santos integra a lista nacional de espera por um transplante e, segundo informações do hospital onde está internado, figura entre os casos prioritários do Sistema Nacional de Transplantes. A equipe médica mantém uma perspectiva otimista, mas destaca a importância da conscientização sobre a doação de órgãos.
Para milhares de pessoas em todo o país, o transplante representa a única chance de sobreviver ou retomar a qualidade de vida. No Brasil, cerca de 87% dos procedimentos são realizados por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), o que consolida o país como detentor do maior programa público de transplantes do mundo.
Quem pode doar?
Existem dois tipos de doadores: o doador vivo e o doador falecido. No primeiro caso, trata-se de alguém que, de forma voluntária, doa um órgão ou parte dele — como um rim, parte do fígado, pulmão ou medula óssea — desde que isso não comprometa sua saúde. Legalmente, parentes até o quarto grau e cônjuges podem doar. Pessoas sem vínculo familiar precisam de autorização judicial.
Já o doador falecido é aquele com diagnóstico confirmado de morte encefálica, conforme critérios estabelecidos pelo Conselho Federal de Medicina. O processo exige a avaliação de dois médicos e um exame complementar, analisado por um terceiro profissional.
Todos os órgãos doados são destinados a pacientes que integram uma lista única e nacional, organizada pelas Centrais Estaduais de Transplantes e controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes, vinculado ao Ministério da Saúde.