Bahia se consolida como referência na saúde pública com o ProSUS 2; Vitória da Conquista é destaque no programa

A Bahia deu um salto significativo no fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) com a implementação do Programa de Fortalecimento do SUS (ProSUS 2), um investimento de US$ 187,5 milhões. Desse valor, US$ 150 milhões são provenientes de um empréstimo do Governo do Estado junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), aprovado pela Assembleia Legislativa, enquanto US$ 37,5 milhões são recursos do tesouro estadual.

O programa foi tema de reunião de quarta-feira (19) entre dirigentes das secretarias da Saúde (Sesab) e Planejamento (Seplan) com representantes do BID, consolidando a Bahia como referência em saúde pública no Brasil e no mundo. O ProSUS 2 amplia as ações para todo o estado, diferentemente da primeira fase, que focou na região metropolitana de Salvador.

O programa prevê a construção de 42 Unidades Básicas de Saúde (UBS), priorizando municípios com cobertura abaixo de 70%. Entre as cidades beneficiadas está Vitória da Conquista, que receberá sete novas UBSs.

Um dos principais marcos do ProSUS 2 é a construção de 38 UBSs voltadas para atender 25.550 indígenas de 13 etnias, em áreas com vazio assistencial. Essa iniciativa consolida a Bahia como pioneira em políticas de equidade na saúde, sendo a primeira vez que o BID incorpora a saúde indígena em seu financiamento. “A atenção à saúde indígena é emblemática para nós. Esse será um campo de aprendizagem enorme, e o Brasil levará essa experiência para outros países”, destacou Márcia Rocha, especialista líder em saúde do BID.

Além das UBSs, o programa inclui a criação de 20 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), quatro unidades de acolhimento, três policlínicas regionais de saúde, 15 Centros Especializados de Reabilitação (CERs), além da ampliação de laboratórios regionais e hemocentros. Essas ações visam fortalecer a rede física e garantir atendimento integral à população.

O ProSUS 2 também avança na modernização da gestão do SUS, com a implantação da Rede Estadual de Dados em Saúde (REDS), integração de dados da atenção primária, expansão do prontuário eletrônico e ampliação da telessaúde e telemedicina. Outras medidas incluem a certificação e acreditação de hospitais e policlínicas, além da capacitação de servidores para aprimorar práticas e serviços.