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MPBA deflagra ‘Operação Lei Para Todos’ contra esquema de lavagem de dinheiro ligado ao jogo do bicho

Aproximadamente R$ 5 bi foram movimentados em atividades ilícitas entre os anos de 2010 e 2020.

Por Redação | Jornal Conquista
Publicado em 19/12/2024 - às 19:00
Foto: Reprodução.

Na última quarta-feira (18), o  Ministério Público da Bahia (MPBA), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), deflagrou a “Operação Lei Para Todos”, que tem como objetivo desarticular um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou aproximadamente R$ 5 bilhões em atividades ilícitas relacionadas ao jogo do bicho e máquinas caça-níqueis entre os anos de 2010 e 2020.

As investigações revelaram que 23 empresas foram usadas como fachada para integrar lucros ilícitos à economia formal. No processo, 14 pessoas foram denunciadas, com acusações de lavagem de dinheiro e blindagem patrimonial. 

Durante a operação, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 92,8 milhões em contas bancárias e o sequestro de bens como 91 veículos avaliados em R$ 13 milhões, 58 imóveis somando cerca de R$ 55 milhões, além de 13 lanchas, três motos aquáticas, um iate e 18 aeronaves.

O esquema criminoso era estruturado em três núcleos. O primeiro controlava o jogo do bicho tradicional e era liderado por Adilson Santana Passos Júnior e Leandro Reis Almeida. O segundo núcleo estava relacionado à exploração das máquinas caça-níqueis, sob o comando de Augusto César Requião da Silva. Já o terceiro núcleo, liderado por Maria Tereza Carvalho Luz e Frederico Pedreira Luz, era responsável por modernizar o jogo do bicho por meio de sistemas eletrônicos de apostas, conhecidos como “bicho eletrônico”. 

Os líderes operavam a partir de locais altamente protegidos, como a “fortaleza do jogo do bicho” situada no bairro da Liberdade, em Salvador, e posteriormente transferida para a Avenida Otávio Mangabeira, em Pituaçu.

O MPBA apurou que os recursos ilícitos eram misturados a receitas de atividades econômicas formais, como forma de disfarçar sua origem, e que o patrimônio dos envolvidos cresceu exponencialmente, com casos de elevação de R$ 9 milhões para mais de R$ 65 milhões em apenas nove anos. 

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