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Bahia: Fuga de 16 detentos em Eunápolis completa cinco dias sem recapturas

Esta é a terceira fuga registrada no Conjunto Penal de Eunápolis nos últimos oito anos.

Por Redação | Jornal Conquista
Publicado em 17/12/2024 - às 20:28
Foto: Reprodução.

Cinco dias após a fuga de 16 detentos do Conjunto Penal de Eunápolis, no extremo sul da Bahia, nenhum criminoso foi recapturado, o que tem gerado preocupação entre os moradores da região e críticas sobre a eficiência do sistema penitenciário do estado. 

O incidente, ocorrido na última quinta-feira (12), envolveu uma ação organizada de um grupo armado e evidenciou fragilidades na política de segurança pública, segundo especialistas.

Veja: Bahia: Facção criminosa organiza fuga de 16 detentos no presídio de Eunápolis

A fuga, considerada a maior registrada na unidade e a primeira com invasão armada, foi minuciosamente orquestrada. Os detentos perfuraram o teto ao mesmo tempo em que criminosos armados cortaram a grade da unidade e atiraram contra os guardas de plantão, facilitando a evasão dos presos em direção a uma área de vegetação próxima. O alvo principal do resgate seria Ednaldo Pereira Souza, conhecido como Dadá, apontado como chefe da facção Primeiro Comando de Eunápolis (PCE).

Desde então, as forças de segurança têm intensificado as buscas. Três suspeitos de participação na fuga foram mortos em confrontos com a polícia entre sexta-feira (13) e sábado (14), enquanto dois homens foram presos. A Polícia Civil confirmou que os suspeitos mortos tinham envolvimento direto com o resgate, mas a identidade dos outros seis comparsas que trocaram tiros durante a fuga segue sob investigação.

Esta é a terceira fuga registrada no Conjunto Penal de Eunápolis nos últimos oito anos. Casos anteriores incluem a fuga de dois presos em dezembro de 2023, com a ajuda de funcionários da unidade, e a evasão de um detento em 2016, disfarçado com peruca e barba.

O Conjunto Penal de Eunápolis é administrado pela empresa privada Reviver Administração Prisional Privada LTDA, que também gere unidades em Serrinha, Valença e Juazeiro. Apenas em 2024, o governo estadual gastou R$ 56,59 milhões com a empresa, totalizando R$ 126,32 milhões nos últimos dois anos, conforme dados do Portal de Transparência da Bahia. 

Segundo especialistas, a fuga em Eunápolis reflete um cenário mais amplo de reorganização das facções criminosas no Nordeste, impulsionado pelo avanço de grupos do Sudeste, o que tem resultado em guerras entre organizações e aumento da violência.

Equipes da Polícia Civil, Polícia Militar e Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) continuam mobilizadas para localizar os fugitivos. 

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