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Operação Overclean: PF desarticula esquema de corrupção que desviou R$ 1,4 bilhão

Entre as 15 pessoas detidas, está Lucas Maciel Lobão Vieira, ex-coordenador estadual do DNOCS na Bahia, que recebeu o título de Cidadão Conquistense em 2021.  

Por Redação | Jornal Conquista
Publicado em 10/12/2024 - às 18:39
Foto: Divulgação/PF.

Na manhã desta terça-feira (10), a Polícia Federal deflagrou a Operação Overclean, com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa responsável por fraudes licitatórias, desvios de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro. 

A ação foi realizada em quatro estados: Bahia, Tocantins, São Paulo e Goiás. Na Bahia, as cidades de Salvador, Mata de São João, Itapetinga, Jequié, Senhor do Bonfim, São Sebastião do Passé, Campo Formoso e Wagner foram alvo da operação.  

Ao todo, 15 pessoas foram presas e 43 mandados de busca e apreensão cumpridos. A operação também determinou o sequestro de R$ 162,3 milhões em bens, incluindo imóveis de luxo, três aeronaves, barcos e dezenas de veículos de alto padrão. 

Entre os presos está Lucas Maciel Lobão Vieira, ex-coordenador estadual do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) na Bahia, que já recebeu o título de Cidadão Conquistense em 2021.  

As investigações revelaram que a organização criminosa desviava recursos públicos por meio de superfaturamento em obras e direcionamento de emendas parlamentares. Empresas de fachada e operadores regionais eram usados para dificultar o rastreamento dos valores desviados. 

O esquema atingiu órgãos como o DNOCS, principalmente na Bahia, e movimentou cerca de R$ 1,4 bilhão entre 2022 e 2024, com R$ 825 milhões em contratos apenas no último ano.  

Os envolvidos responderão por corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos, além de lavagem de dinheiro. As penas somadas podem ultrapassar 50 anos de prisão. A lavagem de dinheiro foi realizada por meio de empresas de fachada e movimentação financeira irregular, conforme apontado pela Receita Federal e órgãos parceiros.  

A operação contou com apoio da Agência Americana de Investigações de Segurança Interna (HSI) e outras instituições brasileiras, como o Ministério Público Federal, a Receita Federal e a Controladoria-Geral da União.  

As investigações continuam para identificar outros envolvidos e ampliar o combate ao esquema. A PF reforça que a recuperação de recursos públicos e a responsabilização dos autores são prioridades na operação.  

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