Jovem denuncia injúria racial após acusação de furto em loja de Vitória da Conquista
A vítima teria ido comprar itens destinados à confecção de uma guia de Iemanjá, quando o funcionário a abordou e a humilhou publicamente.
Na última segunda-feira (25), uma jovem foi acusada de roubar miçangas em um armarinho tradicional no centro de Vitória da Conquista. Após o ocorrido, ela registrou uma queixa no Distrito Integrado de Segurança Pública (Disep) e relatou, em vídeo nas redes sociais, que sofreu injúria racial durante a abordagem. O caso gerou ampla repercussão e indignação entre internautas.
Ana Luiza Reis contou que foi à loja para comprar itens destinados à confecção de uma guia de Iemanjá, da umbanda. Ela levou algumas peças que já possuía para comparação, mas, segundo seu relato, foi abordada de forma agressiva por um funcionário, que a acusou de furto sem justificativa. “Eu já tava sendo perseguida. Desde o momento que entrei na loja, eu já fui abordada com violência”, afirmou Ana em entrevista ao Bahia Meio Dia.
Durante a abordagem, ela afirmou ter sido humilhada publicamente, o que gerou grande desconforto. “O homem já chegou me acusando, dizendo que eu tinha roubado as miçangas. Depois, na frente de todas aquelas pessoas, começou um caos ali”, relatou. A jovem também destacou que a situação reflete uma realidade recorrente de discriminação racial. “Isso só acontece com pessoa preta!”
A advogada de Ana, Maria Aparecida Rocha Carvalho, registrou o caso como calúnia e injúria racial e solicitou acesso às imagens das câmeras de segurança, que, segundo ela, podem comprovar que sua cliente não cometeu o crime. A defesa busca reparação moral devido à humilhação pública sofrida pela jovem. “Essa situação, infelizmente, só acontece com pessoas da nossa cor”, comentou a advogada, destacando a importância de acionar o Ministério Público da Bahia para acompanhar a denúncia.
O caso gerou solidariedade nas redes sociais, com muitos internautas repudiando a atitude do funcionário da loja. Ana, visivelmente abalada, declarou que busca justiça e espera que situações semelhantes não se repitam. “Eu não quero que isso passe impune, eu não quero que outras pessoas sofram o que eu estou sofrendo”.
A loja envolvida foi procurada pela reportagem da TV Sudoeste, mas não emitiu posicionamento até o momento. O caso segue em investigação.
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