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Modelo baiana de Feira de Santana vence Miss Itália 2024 e enfrenta xenofobia nas redes sociais

Internautas questionaram a vitória de Glelany, argumentando que ela não representa uma “verdadeira italiana”.

Por Redação | Jornal Conquista
Publicado em 20/09/2024 - às 18:02
Foto: Reprodução.

Na quarta-feira (18), a modelo baiana Glelany Cavalcante, de 30 anos, venceu o concurso Miss Universo Itália 2024, realizado em San Ferdinando di Puglia. 

Com essa conquista, ela irá representar a Itália no Miss Universo 2024. Durante a final, Glelany desfilou com roupas de gala e fantasia, e na etapa de entrevista, usou uma camiseta com uma citação da ativista feminista Audre Lorde, abordando temas de solidariedade e opressão.

Entretanto, nesta quinta-feira (19), Glelany foi alvo de comentários xenofóbicos nas redes sociais, especialmente no perfil oficial do concurso, onde alguns internautas questionaram sua vitória, argumentando que ela não representa uma “verdadeira italiana”. Um dos comentários dizia: “A Miss Universo Itália deve representar as meninas italianas. Vi pouco italiano no que diz respeito ao vencedor”.

Em resposta a essas críticas, Glelany afirmou em entrevista ao g1 Bahia que os comentários refletem ignorância e que pretende usar essa experiência para discutir a pluralidade cultural e a migração no contexto do Miss Universo 2024. “Não me abalo e não respondo os comentários, porque são demonstrações de ignorância. Eles não dizem sobre mim, mas sim sobre as pessoas que escreveram”, disse.

Nascida em Feira de Santana, Glelany é cidadã italiana e reside na Itália há nove anos. Sua carreira como modelo começou aos 13 anos em Brasília, e desde então, participou de diversos concursos de beleza, incluindo o Miss Universo Distrito Federal, em 2012, onde ficou em segundo lugar. 

Ela também trabalhou como recepcionista de hospital e cursou Direito antes de se mudar para a Itália, onde estudou Comunicação Publicitária e atualmente reside na região de Marche.

Glelany expressou seu desejo de ser um exemplo para meninas e mulheres que se sentem deslocadas em seus novos países. “Eu encontrei o meu lugar, então elas também podem encontrar”, afirmou.

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