Governo Federal lança plano de ação para reduzir impacto de arboviroses no Brasil
O plano prevê o uso do método Wolbachia para o controle do Aedes aegypti; saiba como funciona.
O Governo Federal lançou, na quarta-feira (18), um plano de ação com o objetivo de reduzir o impacto das arboviroses no país, incluindo dengue, chikungunya, zika e oropouche.
Segundo dados do governo da Bahia, até 14 de setembro, a Bahia registrou 231.871 casos prováveis de dengue e 143 óbitos.
O plano foi elaborado com a participação de pesquisadores, gestores, profissionais de saúde, e tem como objetivo orientar ações coordenadas pelo Governo Federal, estados e municípios.
O plano apresenta ações voltadas para a prevenção, vigilância, controle vetorial, organização da rede de assistência e manejo clínico, preparação e resposta às emergências, e comunicação e participação comunitária.
O anúncio do plano aconteceu no Palácio do Planalto com a participação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, da ministra da Saúde, Nísia Trindade, e da secretária da Saúde da Bahia, Roberta Santana.
“Nossa aprendizagem com o combate à dengue pôde ser compartilhada com outros estados e municípios e faz parte desse plano de ação do Governo Federal”, afirma Roberta Santana.
O Governo da Bahia investiu mais de R$ 21 milhões em ações para combater a dengue, como a compra de veículos de fumacê, a distribuição de kits para agentes de endemias, o envio de medicamentos e equipamentos e a capacitação de equipes assistenciais.
Ações de mobilização das forças de segurança e a aplicação de inseticidas em áreas mais afetadas também foram implementadas em várias cidades da Bahia.
O Ministério da Saúde vai ampliar o uso do método Wolbachia para o controle do Aedes aegypti. A estratégia está sendo utilizada em 14 cidades brasileiras, com resultados positivos.
O método, recomendado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) tem o objetivo de reduzir a transmissão de doenças como a dengue, a zika e a chikungunya, por meio da liberação de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia
O plano também prevê a ampliação do uso de insetos estéreis em aldeias indígenas e a aplicação de inseticidas em áreas de alta circulação de pessoas.