Baiano Isaquias Queiroz conquista Prata em Paris-2024 e supera pressão psicológica
Com cinco medalhas, o atleta natural de Ubaitaba, se iguala aos gigantes Robert Scheidt e Torben Grael, da vela.
Com a colaboração do site EsporteAI
O atleta baiano, Isaquias Queiroz conquistou mais uma medalha para o Brasil na Olimpíada de Paris. O canoísta ganhou a prata nos 1000 m na categoria C1, mesma categoria que lhe rendeu o ouro em Tóquio 2020.
Isaquias teve que acelerar na final da prova para conseguir a medalha. Na maior parte da prova, ele ficou oscilando entre a quarta e a quinta posição, mas conseguiu se superar e garantir a prata. Ele ficou em segundo lugar na semifinal da prova.
Isaquias está em sua terceira participação olímpica. Ele já tinha quatro medalhas: ouro no C1 1000m em Tóquio 2020, prata no C1 1000m e C2 1000m, e bronze no C1 200m na Rio 2016. Com a medalha de hoje, Isaquias se iguala aos gigantes Robert Scheidt e Torben Grael, da vela, com cinco medalhas olímpicas.
“Sensação de alívio, de felicidade. 2023 foi muito especial para mim, percebi o que é não ser campeão mundial (terminou em sexto), o que é ser humano, ter problemas mentais e psicológicos”, disse Isaquias em entrevista à TV Globo.
Ele disse que tirou uma temporada sabática, na qual passou sem disputas para descansar o corpo e a mente e ficar próximo da família em Ilhéus, no litoral sul do Estado. Isaquias abriu mão de parte da carreira e só foi ao Mundial para se garantir na Olimpíada. Ele encerrou a competição sem medalhas, mas conseguiu chegar a Paris mais descansado.
Recentemente, o público interagiu com a participação do baiano nos jogos, depois dele ter compartilhado um vídeo por meio de suas redes sociais, onde ele aparece treinando para a competição ao som da banda baiana Trio da Huanna. Veja o vídeo no link.
Em entrevista à TV Globo, o atleta compartilhou um pouco sobre a experiência de ser um dos medalhistas em Paris. “Chegar aqui com a prata é ser campeão olímpico para mim. Cheguei à seleção em abril e tive que correr muito para chegar aqui”, disse.
“Fico feliz de poder chegar a essa quantidade de medalhas (cinco). Queria que fossem mais duas, com o ouro seria melhor ainda, mas estou feliz por ter ganhado a de prata e chegar na marca de Robert Scheidt e Torben Grael, não tem como tirar o brilho desses caras, são os pioneiros do Time Brasil”, afirmou Queiroz
Sobre a Olimpíada, ele fez um apanhado geral. “Fiquei triste ontem pelo Jacky (Godmann, seu parceiro no C2 500m)”, continuou. Isaquias lamentou o 8º lugar na final, explicou o quão difícil foi se superar na Olimpíada, e elogiou o tcheco vencedor, Martin Fuksa. “Fico triste quando perco, mas acima de tudo é o respeito. (A gente) precisa aceitar quando perde. Martin Fuksa vem de uma grande temporada, espetacular”, concluiu.
O atleta homenageou o filho Sebastian, de seis anos, sua inspiração nas competições. “Sebastian me disse: ‘Pai, quero medalha de ouro’. Não vai dar ouro, mas vou ao pódio”, celebrou o atleta, que na hora de receber a medalha comemorou de maneira diferente para atender seu filho.
“Meu filho me pediu para fazer o ‘Kamehameha’ e eu disse: ‘Está bom, vou ter que fazer porque ele pediu’. A gente assiste muito Dragon Ball, e fiquei muito feliz de subir no pódio mais uma vez”.
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