Advogado é preso em Salvador por extorsão e ameaças contra ex-companheira
Os crimes, que ocorreram em abril e maio deste ano, foram cometidos em Vitória da Conquista.
Na última quarta-feira (26), um advogado foi preso no bairro do Costa Azul, em Salvador, acusado de extorsão, ameaça, perseguição, violência psicológica, difamação e injúria contra sua ex-companheira. A prisão ocorreu durante a Operação Cyberstalking, realizada pela Polícia Civil.
Os crimes, que ocorreram em abril e maio deste ano, foram cometidos em Vitória da Conquista, com as ameaças sendo feitas por ligações e aplicativos de mensagens. A vítima relatou na 1ª Delegacia de Vitória da Conquista que recebia ameaças de morte de 11 números de celular diferentes.
Além das ameaças, o advogado fez falsas denúncias anônimas contra ela, prejudicando-a em seu local de trabalho. A investigação realizada pelo Núcleo Técnico de Interceptação de Sinais (NTIS) identificou o suspeito como o proprietário dos números usados nas ameaças.
Com a identificação do suspeito, a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Vitória da Conquista solicitou e obteve a prisão do advogado. Policiais da Deam da Casa da Mulher Brasileira cumpriram os mandados na residência do acusado no bairro do Costa Azul, onde apreenderam dois celulares, que foram encaminhados ao Departamento de Polícia Técnica (DPT). O advogado permanece custodiado e à disposição da Justiça.
Na manhã desta sexta-feira (28), os delegados Paulo Henrique, titular da 1ª Delegacia Territorial, e Decimária, da Deam, realizaram uma coletiva de imprensa para fornecer detalhes sobre o caso. Paulo Henrique informou que a investigação começou quando a vítima procurou a 1ª Delegacia relatando as mensagens ameaçadoras recebidas via WhatsApp. A situação se agravou quando o suspeito se passou por advogado da própria vítima para obter informações sobre o caso.
“O suspeito se apresentou como advogado da vítima em meu gabinete, tentando direcionar a investigação para outros suspeitos e apontando nomes falsos, tentando desviar a atenção de si mesmo”, afirmou Paulo Henrique. A investigação, no entanto, revelou que ele era o autor das mensagens ameaçadoras.
O delegado destacou a audácia do advogado, que enviava mensagens diárias, ameaçando e perseguindo a vítima, criando um ambiente de terror psicológico. A competência do caso foi transferida para a Deam assim que se identificou tratar-se de violência doméstica.