Funcionária de restaurante na Bahia transferiu R$ 11 mil por engano e o destinatário recusou-se a devolver o dinheiro
O destinatário tentou fazer o saque em uma agência bancária assim que tomou conhecimento do engano.
Uma funcionária de um restaurante em Salvador realizou uma transferência bancária equivocada de R$ 11 mil, e a pessoa que recebeu afirmou já ter gastado o valor, sem devolvê-lo. O caso ocorreu no bairro do Rio Vermelho, na capital baiana e está sendo investigado como furto e apropriação indébita.
O homem que recebeu o dinheiro foi convocado para depor na delegacia, onde as medidas legais foram tomadas, e o caso será encaminhado à Justiça. O delegado Nilton Borba explicou que a funcionária cometeu um equívoco no código de Discagem Direta à Distância (DDD) ao transferir o valor via PIX, utilizando um número de telefone como chave.
O delegado informou que, após o restaurante entrar em contato com o homem no mesmo dia para recuperar o valor, ele tentou fazer o saque em uma agência bancária assim que tomou conhecimento do engano.“Ele tentou sacar o dinheiro em espécie, mas não conseguiu e transferiu para contas de terceiros. Ele fez isso sabendo do engano cometido, que o dinheiro não era dele”, disse o delegado.
Ao ser intimado para prestar depoimento na delegacia, o homem afirmou que precisava do dinheiro e usou para pagar contas em atraso. Ele alegou que não tem mais o valor e não seria possível devolvê-lo para o restaurante.
“Ele foi indiciado por esses crimes [furto e apropriação indébita]. O procedimento vai ser concluído ainda nesta semana e ser remetido para a Justiça. Em seguida, será arremetido para o promotor [Ministério Público]. Ele analisa, oferece a denúncia e a partir daí vai para o juiz apreciar”, explicou o delegado.
De acordo com o consultor do Banco Central, Breno Lobo, caso alguém faça uma transferência por engano, deve tentar entrar em contato com a pessoa que recebeu o valor. Ao fazer a transação, o usuário tem acesso aos dados pessoais do recebedor, como nome completo e agência bancária.
A pessoa que efetuou a transferência equivocada pode utilizar essas informações para localizar o destinatário e solicitar a devolução. Se a solicitação for recusada, o usuário deve registrar um boletim de ocorrência e buscar a resolução do caso através da Justiça