Agricultor pode ter sua casa penhorada por dividas de empresa que nunca teve
O caso foi registrado na zona rural de Aracatu, cidade próxima a Vitória da Conquista.
Ao receber inúmeras cobranças do governo, Edivaldo de Jesus Silva, de 52 anos, acabou descobrindo que teve uma empresa aberta em seu nome. Com diversos débitos referente à dívidas trabalhistas, seu nome foi parar no sistema, e a justiça mandou penhorar seus bens.
Natural da zona rural de Aracatu, o agricultor, tenta provar a Receita Federal e a Justiça do Trabalho que não teve nenhuma empresa de edificações. A G. Barros Locações e Serviços Eireli – ME foi aberta em 2015 e possui endereço em um prédio localizado na Avenida Tancredo Neves, Torre B, Sala 805, Bairro Caminho das Árvores, na cidade de Salvador. Em entrevista ao 97NEWS, o agricultor relatou que descobriu a fraude quando começou a receber cobranças. “Eu nunca sai da minha roça para abrir uma empresa na capital, nem conheço a cidade, porque o que eu faço é trabalhar na roça, vivo de agricultura e tenho uma vida sofrida, não tenho dinheiro”, relata o agricultor que mora na Fazenda Riachão, zona rural de Aracatu.
De acordo com as informações da reportagem, que teve acesso aos documentos, o agricultor segue sem condições financeiras, para provar à justiça que foi vítima de um golpe. Em decorrência da ação, Edivaldo perdeu alguns benefícios do governo como o Programa Garantia Safra e o Bolsa Família. Além disso, seu nome está negativado e sua casa na zona rural poderá ser penhorada na justiça.
Dois Boletins de Ocorrência foram realizados na Polícia Civil, contou a Ana Silva, 46 anos, contou esposa do agricultor, mas o caso continua sem uma solução. Sem condições financeiras, Edivaldo pede ajuda.
“Peço a ajuda de um advogado, a gente não tem condições, quem quiser pode ir na minha rocinha, é tudo humilde, minhas mãos calejadas mostram pra você o que sou no dia a dia”, relata o agricultor que precisa ir até a capital baiana para ser ouvido em uma audiência com a justiça no próximo dia 15 de agosto.
Ainda de acordo com a reportagem do 97NEWS, que realizou uma busca no site da Receita, o nome de Edivaldo consta como sócio desde 06 de março de 2015. No entanto, em 02 de dezembro de 2022, a empresa foi encerrada.