Terceira noite do Arraiá da Conquista é marcada com trabalho autoral e respeito ao “forró autêntico”
Nesta sexta-feira (23), o Arraiá da Conquista chega à última noite, trazendo Jô Almeida, Robertinha, Tierry e Forró Chegança.
A terceira noite do Arraiá da Conquista teve festa para todos os gostos e públicos. Quem prestigiou o evento, nesta quinta-feira (22), presenciou o verdadeiro forró nordestino, com direito a trabalho autoral. A dupla Vítor Mariá e Tom Gaiteiro, foram os últimos artistas a se apresentarem no palco do Centro Cultural Glauber Rocha, fechando a programação musical.
O repertório apresentado pelos artistas passeou pelo
Com o projeto Forró do Mariá, que está em atividade desde 2021, os artistas levaram canções autorais mescladas a sucessos clássicos do ritmo nordestino. Os dois cantores juntaram suas carreiras individuais na música para se dedicar a um objetivo bem definido: trazer para perto as obras deixadas por artistas como Luiz Gonzaga e Dominguinhos, mas também apresentar músicas românticas produzidas por eles próprios – que, se podem ser classificadas como forró, ao mesmo tempo dialogam com outros estilos apreciados pelo público mais jovem, como o piseiro, o arrocha, o vaneirão e até mesmo o bolero – também chamado de “brega” por parte do público.
“A gente preza pelo autêntico, entendendo que a gente está vivendo um outro tempo e uma outra realidade. Então, a linguagem que a gente usa é mais atrativa para a galera mais jovem. Nosso intuito é trazer para perto e poder apresentar os grandes ícones do nosso forró, entendendo que isso também é uma forma de fazer cultura”, explicou Vítor.
Quem concordou com as palavras do parceiro foi Tom Gaiteiro: “A essência do forró é aquilo que todos os grandes artistas deixaram. Nosso show tem que ter alguma coisa deles, para apresentar para o pessoal mais jovem. Muita gente da minha idade não curte. Mas é a única forma de tentar mostrar para eles. Essa é a essência”, comentou o cantor.
Segundo os artistas, o objetivo com essa ousadia estética, é tratar o forró como um gênero para ser tocado e curtido durante todo o ano, e não apenas durante o período das festas de São João.