25 trabalhadores em condições análogas à escravidão são resgatados em Encruzilhada
Funcionários estavam trabalhando na colheita de café em uma fazenda do município.
Auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego na Bahia (MTE-BA) resgataram na última segunda-feira (22), 25 pessoas que estavam trabalhando na colheita de café em uma fazenda, na zona rural de Encruzilhada, em condições análogas à escravidão. O fato só foi divulgado nos últimos dias.
Representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT), da Defensoria Pública da União (DPU), Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Estado (SJDH), Polícia Federal (PF) e Polícia Militar da Bahia (PMBA) participaram da operação junto aos auditores.
Ainda na última semana, o proprietário da fazenda reconheceu a situação inadequada e pagou 100 mil reais em parcelas rescisórias. De acordo com o MTE, os funcionários não tinham registro de trabalho e não passaram por exame admissional. Os seus respectivos pagamentos só seriam feitos ao final da colheita e o responsável havia retido as carteiras de trabalho.
Não havia equipamentos de segurança e nem vestimentas adequadas – o que resultou em sintomas de doenças em pelo menos 3 dos 25 trabalhadores. Os funcionários eram de outros municípios do interior da Bahia e ficavam em um alojamento na fazenda durante o período da colheita. Crianças e adolescentes também estavam com as vítimas e todos em condições precárias de higiene e conservação.
