Crescimento do varejo baiano em 2023 é projetado pela Fecomércio-BA
O desempenho do crescimento podem ser limitados por juros altos, porém a maioria dos setores deve seguir com crescimento
O varejo baiano deve voltar a crescer em 2023, após queda de 4,3% em 2022. Segundo projeções da Fecomércio-BA e da CNC – Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, as vendas devem crescer 1% e chegar a R$ 117,5 bilhões, o que significa um aumento de R$ 1,34 bilhão no comércio.
Segundo o consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze, “Com a inflação resfriando e o emprego dando condições de ganho de poder de compra, as famílias tendem a expandir os gastos nessas atividades. E mesmo aqueles setores que são sensíveis ao crédito devem apontar para o campo positivo em 2023. Mas os desempenhos devem ser bastante limitados por conta dos juros altos. Nesse sentido, a Fecomércio-BA projeta alta de 1% para as vendas de veículos e a mesma variação para o setor de eletrodomésticos e eletrônicos”
No destaque para o crescimento em termos de variação estão os setores de vestuário, têxtil e calçados com 10%. Os segmentos seguem mais um ano de expansão com a retomada das atividades sociais e empresariais. Além disso, é importante destacar o aumento dos preços dos produtos, o que contribui para o aumento da renda.
Os setores de consumo básico, Supermercados e Farmácias, devem crescer 4% ou 5%. Esta última registrou o último recorde da série histórica, com faturamento anual estimado em R$15,3 bilhões. Os segmentos de Materiais de Construção e Móveis e Decoração devem crescer um pouco mais forte, com 7% e 4% respectivamente.
Mas o crescimento dos últimos dois segmentos é visto com ressalva pelo consultor, Guilherme Dietze: “O ano passado foi marcado por queda para ambos, ou seja, esse aumento é uma leve recuperação da perda anterior. Portanto, a Fecomércio-BA enxerga o ano de 2023 com otimismo cauteloso. Não é o cenário ideal, que seria juros em queda e inflação baixa, mas ter uma perspectiva de crescimento é importante e contribui para manutenção de empregos no setor varejista”.
Com exceção do grupo Outras atividades, que tende a cair 8%, todos os outros sete ramos varejistas analisados devem crescer no ano de 2023. Essa queda, tem uma explicação segundo, Guilherme Dietze “o que mais afeta o grupo é a venda de combustível e como os preços médios estão mais baixos do que em 2022, é natural que haja um faturamento mais baixo, por mais que a demanda possa subir”. Relembrando que o preço da gasolina, por exemplo, se aproximou dos 8 reais e, agora, com média de R$ 5,55 no estado, segundo a ANP.
Por: Lívia Borges.