Em sabatina na AL-BA, ex-Primeira Dama se diz vítima de machismo e de ataques da imprensa
Candidatura de Aline foi aprovada pela totalidade dos membros da CCJ e seguirá agora para votação em plenário.
Na manhã desta segunda-feira (06), a esposa do ministro da Casa Civil e ex-governador da Bahia, Rui Costa (PT), Aline Peixoto, passou por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa. 10 deputados estaduais – 5 da situação e 5 de oposição – ficaram responsáveis por fazer questionamentos à candidata ao cargo vitalício de conselheira do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).
O primeiro parlamentar a fazer perguntas foi o deputado Robinho (União Brasil) que indagou sobre as críticas feitas pelo senador Jaques Wagner (PT) à candidatura de Aline. “Vi que a única coisa que a imprensa deu um destaque especial foi quando o senador Jaques Wagner disse que não apoiava a candidatura da senhora. Não vi questionamentos, nem na bancada da minoria desta Casa, sobre a índole ou atuação da senhora. Por isso a pergunta”. A ex-Primeira Dama não foi obrigada a responder e apenas demonstrou irritação, sem comentar nada.
Em outro momento da participação de Aline, ela discursou ao colegiado se dizendo vítima de machismo e de ataques pessoais por parte da imprensa: “Já faz algumas semanas que passei a ser alvo de uma série de ataques. Críticas são normais, e eu aceito tranquilamente, embora discorde. O problema é que muitas dessas críticas foram de cunho pessoal, tentando me desqualificar por ser esposa do ministro Rui Costa. Tentaram apagar a minha história. E transformaram isso em disputa política, usando os veículos de imprensa. Eu respeito a imprensa e a liberdade de opinião, apesar dos dias difíceis”, comentou.
“Também tenho sido vítima do mais velho e ultrapassado hábito de tentarem dizer o lugar que a mulher deve ocupar na sociedade. Como se apontassem o dedo para a mim e dissessem que a mulher não pode ocupar esse cargo”, complementou.
Ao final, a candidatura da ex-Primeira Dama foi aprovada com a totalidade dos 10 votos da CCJ, mas isso não conclui o processo. Falta ainda a eleição em plenário, e Aline precisa de 32 votos para ser escolhida para o cargo vitalício.