O preço da gasolina em Vitória da Conquista voltou a subir nos últimos dias e já chega a R$ 6,59 em alguns postos. O valor representa um novo peso no orçamento dos motoristas, principalmente depois de um curto período de alívio, quando o litro chegou a ser vendido por R$ 6,10 na cidade.

No mês passado, o valor médio do combustível na cidade era de R$ 6,30, o que já colocava Vitória da Conquista entre os municípios com gasolina mais cara da Bahia. Na capital Salvador e na Região Metropolitana, o litro era vendido cerca de R$ 0,30 mais barato. Com o novo reajuste, essa diferença subiu para aproximadamente R$ 1,00.

Esse cenário marca a continuidade de uma tendência de oscilação que já vinha sendo registrada desde o início do ano. Em fevereiro, por exemplo, alguns postos chegaram a cobrar até R$ 6,69 por litro de gasolina, reflexo direto do reajuste no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) estadual, que subiu R$ 0,10 por litro a partir do dia 1º daquele mês.

A situação tem relação direta com a política de preços adotada pela Acelen, empresa que assumiu a administração da Refinaria de Mataripe, na Bahia. Desde que passou a operar a refinaria, a Acelen adotou como base os parâmetros do mercado internacional, o que inclui a dolarização do preço do petróleo refinado.

Na prática, isso significa que o valor dos combustíveis vendidos na Bahia é influenciado por fatores externos, como a cotação do dólar e as variações do petróleo no mercado internacional, mesmo quando não há mudanças no custo de produção ou distribuição dentro do Brasil.

A empresa justifica essa política como uma forma de alinhamento aos padrões globais. No entanto, a prática tem gerado insatisfação entre consumidores e autoridades locais, principalmente diante das sucessivas altas nos preços em várias regiões do estado.

A partir deste mês, os consumidores de energia elétrica em todo o Brasil passarão a pagar mais na conta de luz. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou que, em maio, entra em vigor a bandeira tarifária amarela, o que implica cobrança adicional de R$ 1,885 para cada 100 kWh consumidos.

Segundo a Aneel, a alteração foi motivada pela redução das chuvas e pela consequente diminuição no volume de água nos reservatórios das usinas hidrelétricas. O país está em transição do período chuvoso para o seco, o que altera a capacidade de geração de energia a partir de fontes hidráulicas.

A adoção da bandeira amarela sucede cinco meses de bandeira verde, que não apresentava acréscimos no valor da fatura. O sistema de bandeiras tarifárias é um mecanismo regulatório criado para indicar, mês a mês, as condições de geração de energia no país e o custo associado a ela.

Além da adoção da bandeira amarela, os consumidores da Bahia também enfrentam desde 22 de abril um reajuste nas tarifas de energia elétrica. A medida, autorizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e aplicada pela distribuidora Neoenergia Coelba, estabeleceu aumento de 1,88% para consumidores atendidos em baixa tensão — como residências — e de 2,53% para aqueles ligados em alta tensão, como indústrias e grandes comércios.

A Coelba divulgou, por meio de comunicado oficial, a composição do valor cobrado nas contas de energia elétrica. Segundo a empresa, 34,47% do total correspondem à aquisição e transmissão da energia, 33,30% referem-se a impostos e encargos setoriais, e os 32,22% restantes são destinados à própria distribuidora, para custeio das operações, manutenção da rede e realização de investimentos.

A Bahia registrou 231.603 casos prováveis de dengue até o dia 9 de novembro de 2024, um aumento alarmante de 407,9% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram notificados 45.603 casos. De acordo com o Painel de Transparência da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), a doença já causou a morte de 157 pessoas este ano. A informação foi divulgada pela pasta na última quinta-feira (14), destacando a gravidade da situação e a necessidade de medidas de prevenção e controle.

Segundo a infectologista Clarissa Cerqueira, o aumento significativo de casos pode estar associado às condições climáticas de chuvas e calor intensos. Ela também destaca que o sorotipo predominante da dengue pode contribuir para uma maior suscetibilidade à infecção. “Se o sorotipo atual for diferente do anterior, as pessoas podem não ter imunidade específica, o que pode justificar tanto o aumento de casos quanto a elevação no número de notificações”, explica.

Em relação aos fatores agravantes, o infectologista Claudilson Bastos destaca que os grupos mais vulneráveis são os idosos, crianças menores de dois anos, gestantes e pessoas com imunossupressão. Além disso, há um risco aumentado para aqueles que não mantêm uma boa hidratação e para indivíduos com cormorbidades.

De acordo com Bastos, o aumento no número de casos da doença também está relacionado às condições climáticas. “A chuva pode facilitar a acumulação de água em locais inadequados, como pneus, vasos de plantas e tanques abandonados. Esses ambientes são ideais para a proliferação das larvas do mosquito”, explica.

Em contrapartida, os registros de zika apresentaram uma redução em 2024. Ao longo deste ano, foram notificados 1.134 casos, o que representa uma queda de 33,3% em comparação com o mesmo período de 2023, quando foram registrados cerca de 1.700 casos prováveis.

A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (8) o primeiro aumento da gasolina no ano e da gestão da presidente da estatal, Magda Chambriard. O reajuste será em torno de 7,8% e corresponde a um acréscimo de R$ 0,20 por litro.

Com o aumento, o preço da gasolina para as distribuidoras será elevado para R$ 3,01 a partir desta terça-feira (9), de acordo com a Petrobras.

Na última sexta-feira (26), a Agência Reguladora de Saneamento Básico do Estado da Bahia (Agersa) divulgou que a tarifa de água/esgoto da Embasa deve ser aumentada em 6,72%, fazendo com que o preço suba para todos que usam seus serviços. O aumento vai valer para todas as faixas de consumo, exceto para a Tarifa Social, destinada para pessoas inscritas no Bolsa Família. No começo do consumo, ela é metade do preço da tarifa normal. A Embasa pretendia aumentar mais, em 8,35%, mas foi acordado que 6,72% seria suficiente.

A agência reguladora explicou que esse aumento foi decidido olhando para os custos da Embasa, considerando aspectos como a energia elétrica que a empresa usa, os salários dos funcionários, os produtos químicos e as peças que são necessárias para o serviço. Também levaram em conta a compensação pelos prejuízos da Embasa causados pelo anúncio do aumento depois da data em que normalmente é feito, que é em maio.

A partir de agora, as contas de água e esgoto que vencerem em outubro devem vir com o novo preço.