Morador de Vitória da Conquista condenado por atos de 8 de janeiro será extraditado pela Justiça da Argentina
O conquistense Joelton Gusmão de Oliveira foi condenado pelo STF a 17 anos de prisão por participação nos atos antidemocráticos.
Na última quarta-feira (03), a Justiça da Argentina autorizou a extradição do conquistense Joelton Gusmão de Oliveira, foragido desde que foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. A decisão foi assinada pelo juiz Daniel Eduardo Rafecas, do Tribunal Criminal nº 3 de Buenos Aires, responsável pelo caso.
O conquistense foi preso após tentar entrar no país vizinho juntamente com outros quatro brasileiros. Todos já tinham condenações determinadas pelo STF. No caso de Joelton Gusmão, a pena é de 17 anos de prisão pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa armada.
Segundo relatório da Polícia Federal (PF), Joelton Gusmão registrou vídeos incentivando a tomada do Congresso Nacional. Em uma das gravações, comemorou a invasão ao afirmar estar “dentro da nossa casa”, enquanto filmava a esposa, Alessandra Faria Rondon, também condenada a 17 anos de prisão.
“Já nas dependências do Plenário do Senado, grava a sua esposa fazendo uso de microfone instalado em uma mesa do ambiente para afirmar que estão exigindo intervenção militar porque todo poder emana do povo, juntando-se Joelton Gusmão de Oliveira ao coro de ‘todo poder emana do povo'”, descreveu o relatório.
A extradição foi autorizada após solicitação do ministro Alexandre de Moraes, que encaminhou à Justiça argentina pedidos referentes a foragidos no exterior. A decisão envolve ainda outros quatro brasileiros: Rodrigo de Freitas Moro Ramalho, Joel Borges Correia, Wellington Luiz Firmino e Ana Paula de Souza.