Bradesco fecha unidades em seis cidades do sudoeste baiano, incluindo Vitória da Conquista
Mesmo com lucro de R$ 19,6 bilhões, segue com cortes e aumenta risco de demissões e precarização.
O anúncio de fechamento de agências e Postos de Atendimento (PA’s) do Bradesco em cidades da região sudoeste da Bahia causou preocupação entre os trabalhadores do setor bancário. As unidades localizadas em Maetinga, Macarani, Maiquinique, Contendas do Sincorá, Ribeirão do Largo e também a unidade da Praça Barão do Rio Branco, em Vitória da Conquista, estão entre as que terão as atividades encerradas.
Mesmo com um lucro nacional de R$ 19,6 bilhões em 2024, o Bradesco continua com a política de cortes, o que tem gerado insegurança e indignação entre bancárias e bancários que ainda não sabem se serão transferidos ou demitidos.
De acordo com o Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região (SEEB/VCR), a situação agrava um cenário já preocupante. Em 2023, o Bradesco demitiu 2,2 mil funcionários e fechou 390 agências em todo o país. Na região de Conquista, o banco responde por 41% dos desligamentos no setor, o que contribui para a precarização do trabalho e a piora no atendimento à população.
A pressão por metas abusivas sobre os funcionários que permanecem nas agências tem gerado adoecimento coletivo. Segundo dados do SEEB/VCR, 81% das Comunicações de Acidente de Trabalho (CAT) na região são de empregados do Bradesco, que concentra a maior taxa de bancários adoecidos.
Nos últimos anos, o banco já havia fechado agências em Tanhaçu, Anagé, Rio de Contas, Nova Canaã, Bom Jesus da Serra, Potiraguá e Tremedal.