Mesmo após cinco anos, ainda vivemos uma pandemia de Covid-19, afirma a OMS
A vacinação segue como a principal medida de controle, com grupos prioritários como bebês, crianças, grávidas e pessoas com comorbidades.

Em 31 de dezembro de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi alertada sobre os primeiros casos de uma misteriosa pneumonia em Wuhan, na China. O que parecia ser um problema local logo se transformou em uma pandemia global, causada por um vírus desconhecido.
No dia 11 de março de 2020, a OMS declarou a Covid-19 como uma pandemia. Hoje, após cinco anos de intensos desafios e transformações, surge a pergunta: a pandemia de Covid-19 chegou ao fim?
O impacto da Covid-19
Entre 2020 e 2021, estima-se que 15 milhões de pessoas morreram devido à Covid-19, direta ou indiretamente. Inicialmente, o vírus foi muito mais letal, pois ainda não estava adaptado ao ser humano. Com o tempo, a transmissão inter-humana se intensificou, e o sistema de saúde global enfrentou um grande colapso, agravado por movimentos de negacionismo em algumas regiões.
A vacina foi vista como a solução para o controle da doença, e com sua introdução, os números de mortes começaram a cair. Além disso, as restrições começaram a ser levantadas. Em maio de 2023, a OMS retirou a Covid-19 da categoria de Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional, mas a doença continua sendo classificada como uma pandemia.
A transição para a endemia
Em entrevista à CNN, Ethel Maciel, Secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, afirma que é crucial entender a diferença entre Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional(ESPII) e uma pandemia. A retirada da Covid-19 da categoria de emergência não significa o fim da pandemia, mas sim uma adaptação à nova realidade, com a queda nas mortes, redução nas internações e aumento da imunidade da população ao SARS-CoV-2.
No entanto, a OMS ainda classifica a doença como pandemia, já que o vírus continua a apresentar desafios, como as mutações rápidas e a sazonalidade. Segundo Maciel, a transição de pandemia para endemia só ocorrerá quando as taxas de mortalidade caírem ainda mais e o comportamento do vírus for completamente compreendido pela ciência.
Embora a Covid-19 tenha sido retirada da emergência, o vírus ainda é uma ameaça, e a vacinação permanece essencial. Além disso, novas pesquisas continuam sendo realizadas para compreender melhor o comportamento do SARS-CoV-2.
Quem deve se vacinar?
A vacinação segue sendo recomendada para grupos prioritários. Entre os grupos que devem receber as doses, estão:
- Bebês a partir de 6 meses;
- Crianças a partir de 5 anos;
- Grávidas (a partir de 2025);
- Pessoas com 60 anos ou mais;
- Imunocomprometidos, trabalhadores de saúde, indígenas, pessoas com comorbidades, pessoas em situação de rua e funcionários do sistema de privação de liberdade.
Cinco anos depois, a Covid-19 ainda não é uma doença superada. A vacinação continua sendo a principal ferramenta de prevenção, enquanto a ciência segue em busca de respostas sobre o comportamento do vírus. Embora as mortes tenham diminuído e as restrições tenham diminuído, a pandemia ainda não chegou ao fim, e a vigilância é essencial.