Após polêmica, rede Giraffas se posiciona sobre caso de homofobia em franquia de Vitória da Conquista

Um atendente de uma rede de fast-food em Vitória da Conquista receberá uma indenização de R$ 10 mil após ser vítima de ofensas homofóbicas e ameaças de agressão durante o período de experiência. 

A decisão foi confirmada pela 5ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT-BA), que manteve a sentença da 1ª Vara do Trabalho da cidade contra a empresa Mississipi – Comercial de Alimentos e Bebidas Ltda., franqueada da rede Giraffas em um shopping local.

Segundo o atendente, as ofensas partiram de um colega de trabalho, que afirmou que a empresa precisava de “homens de verdade” e chegou a ameaçá-lo fisicamente. 

Após ser demitido, ele ingressou com uma ação judicial por danos morais e solicitou o reconhecimento de dispensa discriminatória. Uma testemunha confirmou o uso da expressão “homens de verdade” em referência a tarefas mais pesadas e admitiu a ameaça, justificando-a como uma reação ao comportamento que considerava inadequado do atendente.

Em nota, a rede Giraffas lamentou o ocorrido e reiterou que não tolera discriminação ou desrespeito em suas unidades. A empresa destacou seu compromisso com a criação de ambientes de trabalho seguros e inclusivos, além de esclarecer que, em casos como esse, é responsabilidade do franqueado tomar as medidas cabíveis. 

A rede também informou que não foi notificada previamente sobre a ação judicial e que, ao tomar ciência de situações semelhantes, notifica a unidade para assegurar providências adequadas.

Veja o pronunciamento na íntegra: 

“O Giraffas lamenta o ocorrido na unidade de Vitória da Conquista (BA) e reforça que não tolera a discriminação, o preconceito ou qualquer outra forma de desrespeito. A empresa é solidária ao colaborador e defende ambientes de trabalho seguros e inclusivos que assegurem o bem-estar de todos.  

A Rede também esclarece que, em situações como essa, é responsabilidade do franqueado tomar todas as medidas cabíveis com os funcionários e conduzir as tratativas necessárias.  

Nesse caso específico, o Giraffas ressalta que não foi notificado e não teve conhecimento prévio da ação. Como regra, sempre que toma ciência de um ocorrido e identifica que o franqueado não tomou as medidas adequadas, a empresa notifica a unidade para garantir que as providências necessárias sejam tomadas.”