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Professores de Vitória da Conquista aprovam greve por reivindicações salariais e descumprimento do piso nacional

De acordo com o Simmp, a Prefeitura não aplicou o reajuste do piso nacional desde janeiro de 2025.

Por Redação | Jornal Conquista
Publicado em 14/05/2025 - às 10:09

Os professores da Rede Municipal de Ensino decidiram, em assembleia realizada nesta terça-feira (13) na Câmara Municipal de Vitória da Conquista,  por ampla maioria, deflagrar uma paralisação para esta quarta-feira (14). A mobilização, coordenada pelo Sindicato do Magistério Municipal Público (Simmp), tem como principais reivindicações o cumprimento do piso salarial nacional, o pagamento de retroativos e o respeito ao Estatuto do Magistério.  

De acordo com o Simmp, a Prefeitura não aplicou o reajuste do piso nacional desde janeiro de 2025, descumprindo a Lei nº 11.738. O sindicato argumenta que os repasses do Fundeb aumentaram, o que, em tese, eliminaria justificativas financeiras para o atraso nos ajustes.  

Além disso, a entidade critica o Projeto de Lei nº 19/2025, enviado pelo Executivo à Câmara Municipal, que trata da política salarial dos profissionais da educação. Segundo o sindicato, a proposta foi elaborada sem diálogo com a categoria e apresenta inconformidades com a legislação vigente.  

O Simmp também destacou o desempenho do município no setor educacional. Dados do IFDM 2025 (Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal) apontam que Vitória da Conquista obteve índice de 0,5880 em Educação, classificado como desenvolvimento baixo, ocupando a 4.702ª posição entre os 5.550 municípios avaliados.  

A entidade responsabiliza a atual gestão municipal pela situação e afirma que há perdas acumuladas na valorização profissional desde administrações anteriores. O sindicato ainda cobra um posicionamento da Câmara de Vereadores em defesa da legalidade e da valorização do magistério.  

Uma nova assembleia está marcada para sexta-feira (16). Caso não haja avanço nas negociações, a greve poderá ser estendida por tempo indeterminado. O Simmp afirma que mantém-se aberto ao diálogo, mas exige respostas concretas do poder público.  

A paralisação desta quarta-feira deve impactar as aulas na rede municipal, enquanto professores e sindicato pressionam por uma solução às suas demandas.

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