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Hospital São Sebastião, em Itambé, reabre nesta terça-feira (06) após paralisação

A unidade retoma as atividades a partir das 19h; salários atrasados ainda aguardam definição.

Por Redação | Jornal Conquista
Publicado em 06/05/2025 - às 16:45

Após protestos e paralisação, o Hospital São Sebastião, em Itambé, retoma os atendimentos nesta terça-feira (06), a partir das 19h. A informação foi divulgada pela Secretaria Municipal de Saúde de Itambé.

Devido a grave crise financeira, a Prefeitura de Itambé anunciou que vai garantir o retorno das atividades ao fornecer médicos e insumos para o hospital. No entanto, a questão dos salários atrasados de médicos e funcionários, que acumulam dois a três meses sem pagamento, além de outros benefícios, ainda não foi resolvida.

Segundo informações apuradas pela TV Sudoeste, uma reunião está marcada para esta quarta-feira (07), em Salvador, entre representantes da direção do Hospital São Sebastião, a Secretaria Municipal de Saúde, liderada pelo secretário Valdeci Porto, e a Secretaria Estadual de Saúde (SESAB), representada pela secretária Roberta Santana. Neste encontro deve ser discutida a questão financeira do hospital.

Entre janeiro e abril deste ano, a instituição recebeu mais de R$ 600 mil em repasses públicos, mas quase metade desse valor foi bloqueada por dívidas fiscais, trabalhistas e tributárias. Atualmente, o hospital recebe cerca de R$ 156 mil mensais da SESAB, valor insuficiente para cobrir a folha de pagamento, que gira em torno de R$ 150 mil.

Durante a paralisação, os casos mais graves precisaram ser transferidos para hospitais em Itapetinga e Vitória da Conquista, enquanto os atendimentos ambulatoriais foram redirecionados para o Centro de Saúde Coriolano José Fagundes, que passou a operar em regime de plantão noturno.

Moradores realizaram protestos cobrando a reabertura do hospital, com bloqueios de rodovias e queima de pneus na BA-263. O hospital realizava cerca de 1.300 atendimentos por mês, entre ambulatório, urgência e emergência, e exames de imagem.

Entre os depoimentos de quem depende da unidade, está o de Adriana, mãe de Victor Gabriel, de 15 anos, que nasceu com hidrocefalia e paralisia, e precisa de atendimentos constantes. “Eu fico no desespero de o meu filho ter uma emergência, como sempre, porque ele tem 15 anos de idade, todos os 15 anos ele passou por aqui. Então, como é que fica a minha mente? Fico no desespero, porque é uma criança que, ao mesmo tempo que está bem, em outro momento não está”, disse ela.

Apesar da reabertura, a solução definitiva para os problemas financeiros da unidade deve ser anunciada apenas após a reunião desta quarta-feira (07). Segundo a direção do hospital, os pacientes que foram transferidos para Vitória da Conquista e Itapetinga vão continuar nesses locais.

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