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Bahia: Saiba tudo sobre o desabamento em igreja do Pelourinho que matou turista em Salvador

O caso virou polêmica e levanta questionamentos sobre conservação do patrimônio.

Por Redação | Jornal Conquista
Publicado em 06/02/2025 - às 20:41
Foto: Divulgação Codesal.

O desabamento do forro do teto central da Igreja de São Francisco de Assis, no Pelourinho, em Salvador, resultou na morte da turista paulista Giulia Panchoni Righetto, de 26 anos, e deixou cinco pessoas feridas na tarde de quarta-feira (5). 

O templo, um dos principais cartões-postais da capital baiana, é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e considerado uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no mundo.

Segundo testemunhas, o acidente ocorreu entre 14h30 e 15h, causando grande comoção entre moradores, turistas e comerciantes do Centro Histórico. O forro que desabou continha painéis pintados com cenas da vida de São Francisco e alegorias cristãs.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, e o prefeito de Salvador, Bruno Reis, lamentaram o ocorrido e manifestaram solidariedade às vítimas e seus familiares. 

O governador mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros, Samu, Defesa Civil e peritos do Departamento de Polícia Técnica (DPT) para prestar socorro e conduzir investigações.

Alerta ignorado e investigação

Dois dias antes do desabamento, o guardião do templo, frei Pedro Júnior Freitas da Silva, alertou o Iphan sobre uma dilatação no forro da igreja, mas a Defesa Civil de Salvador (Codesal) não foi informada.

O frei afirmou que não acreditava que houvesse risco iminente. O Iphan havia agendado uma vistoria para esta quinta-feira (6), um dia após o incidente.

A Polícia Federal não descarta a possibilidade de responsabilização criminal pela morte da turista. A instituição investiga se houve negligência na manutenção do patrimônio histórico.

Restauração e responsabilidade pela manutenção

O Iphan afirmou que a manutenção da igreja é de responsabilidade da Ordem Primeira de São Francisco, proprietária do templo. A autarquia destacou que tem atuado na preservação do bem, com ações como o restauro dos painéis de azulejaria portuguesa, concluído em maio de 2023, e a elaboração do projeto de restauração do edifício, ainda em andamento.

O superintendente do Iphan na Bahia, Hermano Queiroz, informou que, há cerca de seis meses, um projeto de reforma foi aprovado para a igreja, mas ainda estava em fase de elaboração. Segundo ele, não havia indícios de problemas estruturais no teto antes do desabamento.

O caso segue sob investigação, e autoridades avaliam medidas para evitar novos acidentes em patrimônios históricos do país.

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